O novo coronavírus (COVID-19), originário da região de Wuhan, na China, surgiu em dezembro de 2019 e se espalhou por 177 países ao redor do mundo nos primeiros meses de 2020 de maneira assustadoramente rápida, apresentando um triste saldo de mais de 120 mil mortes em todo o globo e mais de 1 milhão de pessoas infectadas[1].
A situação de pandemia que resultou do surto de coronavírus pegou todos de surpresa. Inclusive os órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) que admitiu erro na classificação da doença ao considerá-la como de risco moderado no início da crise, logo mudando seu posicionamento, alterando o status para risco alto e anunciando a situação de pandemia em todo o mundo[2].
Se até mesmo grandes instituições, acostumadas a lidar com situações difíceis, como a OMS, apresentaram falhas durante a gestão de informações e equipes diante da crise de COVID-19, o que dirá dos gestores e líderes de empresas?
Como fica a liderança e a gestão em tempos de quarentena?
O fato é que a crise aconteceu e permanece bastante presente no cotidiano mundial, afetando a vida de todos, seja do ponto de vista pessoal – com a decretação de quarentena de contenção ao surto de COVID-19 em todo o mundo – seja do ponto de vista econômico – já que diversas instituições privadas e públicas precisaram remodelar seu modelo de trabalho e muitas vezes adiar processos para ajudar na luta contra a expansão da pandemia.
Nestes momentos de extrema crise, todo/a e qualquer gestor/a é testado em máxima capacidade e deve mostrar destreza e muito jogo de cintura para tomar as melhores decisões. Isso porque as decisões tomadas neste contexto envolvem muito mais do que cifrões: envolve vidas, bem-estar, segurança sanitária e muita responsabilidade coletiva.
E o que temos aprendido com esta pandemia é que os países asiáticos sabem gerir muito bem o cenário de caos, revertendo a situação de “crise” para “controle” em tempo hábil e responsável.
A própria China nos trouxe diversas lições durante a crise de COVID-19, mostrando que não importa se o problema surgiu em seu território, com organização, planejamento e estratégia é possível controlar a situação e reverter o cenário, até mesmo trazendo algumas inovações inesperadas.
Pensando neste turbilhão de situações e necessidades, separamos 5 bons exemplos de ações que demonstram uma liderança responsável e eficiente durante uma situação de crise tão atípica, como a pandemia de coronavírus:
1. Crie equipe/s de tomadas de decisão de emergência
O primeiro passo é garantir a responsabilidade na tomada de decisões, isso porque cabe ao empregador garantir a segurança de seus colaboradores no ambiente de trabalho e garantir que impactos ao andamento dos processos internos será o mínimo possível.
Isso não é feito do dia para a noite e nem de forma isolada, por isso é importante criar um comitê gestor que fique responsável pela tomada de decisão durante o período de crise. Este comitê vai ser o porta-voz da empresa, tanto para os seus funcionários, quanto para a mídia e autoridades externas (como órgãos de saúde que podem requerer informações durante a pandemia).
Mas, minha empresa é pequena, preciso mesmo fazer isso? Sim, caro/a gestor/a. Já dizia o ditado popular “duas cabeças pensam melhor do que uma”, porém é importante pontuar que essas cabeças devem pensar em conjunto para que a coisa saia do lugar e os bons resultados apareçam.
Portanto, selecione pessoas capacitadas para lidar com o cenário. Pessoas que tenham conhecimentos específicos sobre este tipo de gestão de crise e garanta que todos estão com as informações e objetivos alinhados sempre.
2. Avalie os riscos e acione/crie mecanismos de respostas à crise
As médias e grandes empresas costumar ter ferramentas de avaliação de risco e definição de respostas a emergências em seu plano estratégico. Mas implementá-los é sempre um desafio que não deve ser subestimado.
Do mesmo modo, se a sua empresa não possui tais ferramentas, é necessário agir de forma rápida e inteligente, garantindo que os riscos serão avaliados e que todas as medidas de resposta serão implementadas de maneira transparente e estratégica, tanto para o negócio, quanto para o bem-estar de todos.
As empresas chinesas fizeram isso muito bem quando o país decretou a quarentena. Rapidamente os/as empresários alteraram os procedimentos de higienização dos ambientes para garantir a segurança dos funcionários que não podiam realizar suas atividades no modelo home office. E para aqueles que podiam executar suas tarefas de forma remota, o modelo foi adotado de maneira ágil e bastante coordenada.
Interessante notar também, o quão importante é a comunicação fluida, clara e transparente entre as autoridades públicas e os empresários/as nestes momentos atípicos: enquanto países como Canadá, Áustria, China e Coreia do Sul mostraram-se preparados para trabalhar em conjunto com iniciativa privada durante a crise e tornar o plano bastante unificado na contenção do vírus, outros países não mostraram tão bons exemplos, como se pôde observar na Itália, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra e Brasil[3].
3. Estabeleça mecanismos de comunicação e troca de documentação ativos, padronizados e seguros para os colaboradores, clientes e terceiros
É essencial garantir que a comunicação não vai falhar durante uma situação de crise, pois isso evita pânico, atrasos desnecessários e desencontro de informações.
E essa comunicação deve ser fluida tanto internamente – entre gestores e colaboradores – quanto externamente – entre a empresa e fornecedores, e a empresa e autoridades.
E neste cenário de crise não é preciso entrar em desespero, mesmo países menos desenvolvidos do ponto de vista tecnológico, como o Brasil, conseguem suportar a mudança de trabalho das equipes do espaço físico para o trabalho remoto.
Têm sido até interessante notar como a crise de COVID-19 têm acelerado a transformação digital em diversas empresas e aberta a mente de muitos empreendedores/as para as possibilidades do ambiente digital.
Isso cria um cenário de oportunidade em meio ao problema e quem está sabendo aproveitar isto com certeza vai sair da pandemia fortalecido.
4. Adapte a comunicação e o marketing da empresa
Durante o Webinar “Como o varejo na China operou na quarentena: casos práticos e soluções” realizado pelo executivo Gianvito D’Gonghia, do Altavia Group, no dia 9 de abril em parceria com o PG Advogados, Gianvito apontou exemplos de empresas chinesas que remodelaram toda a sua comunicação com o público durante a pandemia.
Ao apostar na pessoalidade dos funcionários, demonstração dos esforços que os colaboradores estavam fazendo para garantir o funcionamento do comércio virtual e promoção do bem-estar social e responsabilidade coletiva, as empresas chinesas colheram ótimo resultados junto aos clientes.
De acordo com Gianvito, após o cenário crítico da quarentena na China marcas que apostaram nesses pilares de comunicação durante a crise, observaram um aumento nas vendas após o pico da quarentena, sendo que a justificativa dos consumidores foi o “apoiar as marcas que apoiaram os chineses”.
É uma estratégia muito inteligente e que pode ser adotada rapidamente por qualquer empresa, tendo em vista as várias ferramentas de comunicação disponíveis no atual mundo digital – plataformas como Instagram, YouTube, Zoom, entre outras têm feito muito sucesso durante a pandemia, pois são acessíveis para o público, práticas no manuseio e demandam baixos investimentos neste novo modelo “gente como a gente” que se popularizou.
No Brasil, players que têm aproveitado muito bem desta estratégia são os marketplaces. Ao fazer parcerias com cantores populares do país – as famosas lives que viraram uma febre entre os brasileiros durante a pandemia – os marketplaces associaram suas marcas às ações de solidariedade no momento de crise e ainda distribuíram cupons de desconto para garantir o fluxo de vendas.
5. Cuide da saúde física e mental de seus colaboradores
Um dos lemas do empresário Jorge Paulo Lemann é que as empresas são feitas de pessoas. E neste momento de incertezas e insegurança, cabe também aos empregadores garantir o bem-estar das pessoas que estão consigo.
É mais importante garantir que os seus colaboradores estão seguros do ponto de vista da saúde e que estão recebendo o suporte necessário da organização para lidar com a crise.
Isso porque pessoas que acreditam na empresa em que trabalham, veem no seu emprego um local de inspiração – e não obrigação – apresentam resultados muito superiores aos indivíduos insatisfeitos.
Então garantir que a saúde dos seus colaboradores está sendo protegida e que trabalhar de forma remota não significa que o trabalho em equipe e a parceria entre empregador e empregado acabou, já que não se tem mais o contato físico, é essencial para garantir a saúde e bem-estar da sua empresa.
Parece “conversa para boi dormir”, mas ter responsabilidade social e coletiva no século 21 é mais do que uma estratégia interessante, é uma garantia de sobrevivência do seu modelo de negócio em meio à transformação digital.
Portanto, mostre que a sua empresa é mais do que uma multiplicadora de ativos durante a crise de COVID-19 e fortaleça a cultura interna da organização. Isso vai fortalecer as relações entre líderes e equipes, melhorando a produtividade.
Grandes líderes políticas têm mostrado como isso surte resultados em todo o mundo, a exemplo da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Arden, que têm dado um show de humanidade e responsabilidade social em sua gestão durante a pandemia.
Ao tomar decisões de maneira inteligente, solidária e transparente, Arden vem mostrando que é possível que os líderes se aproximem do público através de mensagens simples, estratégias eficazes e o quanto isso repercute de forma preventiva em situações de crise.
Adaptando essas 5 ações às necessidades e possibilidades de sua empresa, é possível passar pela crise de maneira sólida e sem grandes repercussões, existindo ainda a possibilidade de a sua empresa encontrar oportunidade em meio à pandemia, seja do ponto de vista do marketing, da digitalização dos processos ou fortalecimento das equipes.
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Referências
[1] Informações do jornal The New York Times, última atualização em 14 de abril de 2020.
[2] A OMS admitiu o erro de classificação de risco no dia 28 de janeiro e decretou a situação de pandemia no dia 11 de março, ambos de 2020.
[3] De acordo com o site da OMS, a Europa e as Américas apresentam o maior números de casos confirmados, sendo que Estados Unidos, Espanha e Itália lideram o ranking de mais casos de coronavírus no mundo. Última atualização em 14 de abril de 2020. Para mais informações consulte: https://covid19.who.int/