Elas são diversas e estão espalhadas por todo o mundo, por conta disso seria impossível elencar todas as mulheres importantes na história, então a Alternativa escolheu algumas mulheres pioneiras na busca do reconhecimento da igualdade entre os gêneros.
Cleópatra (69 a. C a 30 a. C)
Um das mulheres mais conhecidas da história, sendo considera uma das rainhas mais famosas e intrigantes, Cleópatra deixou um grande legado no mundo militar, cultural e intelectual. A Rainha foi uma grande estrategista militar – mesmo em uma época em que sua posição deveria ser acessória no governo- que tinha como objetivo a expulsão das dominações estrangeiras em seu reino e para tanto conseguiu a aliança de César. Além disso era uma grande debatedora e falava diversos idiomas como aramaico, persa, somali, etíope, egípcio e o árabe.
Hipácia (350 d.C. – 415 d.C.)
Hipácia foi uma das grandes pensadoras na Antiguidade, sendo considerada a última intelectual de destaque da Alexandria. A pensadora atuou durante um período de muita riqueza cultural e intelectual, trazendo contribuições para a matemática, astronomia e filosofia. Devido a seu pioneirismo e postura visionária Hipácia foi assassinada por cristãos, sob a acusação de que praticava bruxaria.
Joana D’arc (1412-1431)
Joana foi um grande nome na França, sendo considerada uma das maiores heroínas do país. De origem camponesa, aos 17 anos Joana D’arc resolveu entrar no mundo militar com o objetivo de salvar a França dos ingleses durante a Guerra dos 100 anos, mesmo sendo analfabeta e sem conhecimentos prévios sobre combate Joana tornou-se chefe militar durante a guerra, conseguindo empreender vitórias durante diversas batalhas. Após a expulsão dos ingleses, os nobres franceses temiam que Joana fortificasse sua aliança com os camponeses e se torna-se uma ameaça ao status quo estabelecido, por isso a entregaram às tropas britânicas que executaram Joana D’arc sob acusação de bruxaria. Joana foi queimada viva e em 1920 foi canonizada pela igreja católica.
Maria Quitéria de Jesus (1798 a 1853)
Maria é considerada a primeira mulher a se tornar militar no Brasil. Para conseguir o feito, Quitéria teve que se disfarçar de homem meses antes para se alistar como soldado em 1822, passando a integrar o Batalhão de Voluntários do Príncipe, conhecido como Batalhão dos Periquitos. Maria atuou com bravura e heroísmo durante os combates, sendo condecorada como “Cavaleiro da Ordem Imperial” por D. Pedro I. Apesar do reconhecimento durante sua época, a história pouco fala sobre o seu pioneirismo.
Ada Lovelace (1815-1852)
Considerada a primeira pessoa programadora do mundo, Ada – filha do escritor Lord Byron e da matemática Anne Isabella – era um poço de talento na área de matemática e lógica. Seu intelecto ultrapassou gerações e era tão pioneiro que Lovelace criou o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina, antes mesmo de um computador existir. Mesmo morrendo jovem, aos 36 anos, Ada deixou um legado enorme, sendo que as suas anotações foram essenciais para que Alan Turing pudesse desenvolver suas ideias. Foi somente com as menções de Turing às ideias de Ada que o seu legado ganhou reconhecimento frente ao mundo.
Marie Curie (1867- 1934)
Marie foi uma grande filósofa e química, mesmo em uma época em que seu país de origem, a Polônia, não aceitava mulheres nas universidades. Frente as proibições, Marie lutou contra o preconceito, tornando-se uma das maiores cientistas da história, sendo também a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel, além de ser a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel em diferentes áreas. Marie tem grande importância nos estudos relativos a radioatividade e junto a seu marido, Pierre Curie, descobriu os elementos Polônio e Rádio.
Valentina Tereshkova (1937-)
Valentina foi a primeira mulher cosmonauta e a primeira mulher a viajar para o espaço. Já durante a juventude Valentina fazia parte de um clube de aeronáutica na Rússia, o que lhe ajudou para em 1963 torna-se a primeira mulher a realizar um voo espacial. Devido a seu pioneirismo, Valentina recebeu título de heroína da União Soviética, a Ordem de Lênin e a Medalha Estrela de Ouro em 1963.
Aung San Suu Kyi (1945-)
Aung San é um símbolo na luta pela paz e democracia no mundo todo, sendo uma grande defensora dos direitos humanos. Aung San nasceu na Birmânia – país que sofre com governo militar desde 1962 – e tornou-se o maior nome da oposição ao governo, sendo colocada em prisão domiciliar em 1989, permanecendo em prisão praticamente de maneira contínua desde então, já que em troca de sua liberdade o governo militar exige que Aung abandone a Birmânia. A diplomata e ativista recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1991 quando pediu aos cidadãos do mundo para usarem a sua liberdade para que a Birmânia pudesse ter a sua. Infelizmente seu pedido ainda não foi atendido e a Birmânia ou República do Myanmar permanece sob o governo militar.
Malala Yousafzai (1997-)
A jovem paquistanesa é a mais jovem ganhadora do Nobel da Paz em sua luta pela defesa da educação feminina em seu país. Malala ficou internacionalmente conhecida em sua luta após ser baleada por um grupo de talibãs – contrários à educação feminina – em 2012, quando saía da escola. Para reagir ao conservadorismo de sua região, Malala criou o blog “Diários de uma Menina Paquistanesa”, onde questionava a proibição do talibã frente a educação escolar e falava sobre a sua vontade de manter os estudos. Apesar de o blog ser escrito sob um pseudônimo, Malala nunca escondeu eu posicionamento, dando entrevistas a BBC, o que lhe deu notoriedade o suficiente para já em 2011 ser indicada ao Prêmio Internacional da Paz da Infância. Após o ataque de 2012, Malala seguiu recuperação na Inglaterra, onde permanece com sua família até hoje e declarou que quer ser política para mudar a situação de repressão de seu país.
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