Os marketplaces virtuais surgiram na década de 90 com a criação do Ebay, mas se popularizaram no Brasil e no mundo a partir de 2010. Esse desenvolvimento gradual e contínuo aconteceu de forma concomitante ao desenvolvimento e evolução tecnológica e a consequente popularização da internet.
Atualmente, o mercado virtual evoluiu a tal ponto que garantir as compras no ambiente virtual não é mais suficiente: é preciso oferecer uma experiência de compra fluida e que consiga mesclar o online ao offline. Por isso mesmo que os marketplaces estão expandindo também para as lojas físicas das empresas.
Marketplace em Loja Física
Essa evolução do marketplaces para as lojas físicas é o auge da privatização do mercado, tendo em vista que os shopping centers podem ser vistos como um exemplo de marketplace que precedem – e muito – a ideia do marketplace virtual. Todavia, com a expansão dos marketplaces virtuais para as lojas físicas, a relação de compra entre os consumidores e diversas outras lojas torna-se ainda mais privada, já que a relação de consumo se dá no ambiente de uma só loja e não um conglomerado de lojas, como são os shopping centers.
O interessante da expansão dos markeplaces virtuais para as lojas físicas é que pareceu uma evolução natural do mercado e incentivada pela busca do oferecimento de uma experiência de compra cada vez mais otimizada ao consumidor. Neste sentido, um dos cases de maiores sucesso de tal expansão no Brasil é o caso do varejista Magazine Luiza.
Case Magalu
O segredo do sucesso da Magalu está na aposta contínua na inovação como combustível de crescimento da empresa. E não só uma simples inovação, mas inovação focada em oferecer a melhor experiência de consumo, já que a empresa foi moldando suas operações ao longo dos anos com o objetivo de tornar a compra cada vez mais ágil, simples e fácil.
Por isso mesmo hoje é possível entrar em qualquer loja da empresa e ter à disposição do consumidor tablets e computadores que permitem a compra de produtos pelo ambiente digital, ainda que dentro de uma loja física. A grande sacada de oferecer tal possibilidade é garantir o auxílio de vendedores da loja física para que o consumidor possa efetuar a sua compra sem dúvidas e complicações: o calor humano continua sendo o fator de diferenciação do negócio.
Por isso mesmo que cada vez mais os grandes marketplaces estão expandindo as suas operações para as lojas físicas, garantindo aos lojistas que vendem seus produtos nos marketplaces um espaço também na loja física de tais empresas, o que incentiva a venda dos produtos e agiliza o processo de entrega.
Para que essa estratégia dê certo, porém, é necessário que as empresas de marketplace possam garantir uma operação multicanal eficiente, tendo em vista que as informações oferecidas e recebidas pela loja devem garantir que a operação será realizada de maneira eficaz e sem erros.
Tecnologia: Suporte a Inovação
Neste sentido, o investimento em ferramentas tecnológicas – como ERPs e plataformas de atendimento – que possam centralizar todas essas informações é essencial. Da mesma forma, toda a operação dos marketplaces devem estar preparada para garantir a compra e a entrega dos produtos dentro de prazos mais curtos ou mesmo na pronta entrega, daí a importância do investimento em tecnologias de centralização da informações e que garantam a atualização contínua dos dados.
Portanto, não basta só investir na inovação interna das operações, é preciso garantir que os parceiros acompanhem a evolução de mercado e consigam acompanhar a constante troca de dados que agora são originadas pelo consumidor não só através dos sites, mas também por meio das lojas físicas.
De qualquer maneira, apesar da maior complexidade operacional que a aplicação dos marketplaces virtuais nas lojas físicas traz, é notável que a assertividade de venda aumenta quando as empresas associam as facilidades e vantagens de compra do ambiente virtual ao atendimento personalizado que somente um vendedor de “carne e osso” podem oferecer, garantindo que a transformação digital seja eficaz e cada vez mais integrada ao cotidiano dos consumidores.