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Inteligência Artificial aplicada ao varejo

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Já em 1950 Isaac Asimov sonhava com um mundo em que as mentes robóticas e as humanas conviviam de forma rotineira. Ao lançar uma da suas obras mais famosas, “Eu, Robô”, Asimov inspirou o desenvolvimento científico do mundo real ao enunciar as “Três Leis da Robótica”:

  1. Um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal.
  2. Os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei.
  3. Um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores.

Foi com base nessas três regras que se desenvolveram os avanços no estudo e aplicação da inteligência artificial. E se na época de Asimov essa ideia parecia maluquice, hoje é uma realidade tão próxima, que em alguns momentos nem percebemos a robotização de nosso cotidiano.

Tal situação decorre de uma curiosidade bastante interessante: os robôs dotados de inteligência artificial possuem o mesmo mecanismo de aprendizagem que nós humanos. Esse mecanismo é chamado de machine learning (aprendizado de máquina) e toma por base o método do exemplo, feedback e aprendizado.

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Fonte: Patrícia Peck, na palestra “A gestão dos riscos da inovação e as novas regras de proteção dos dados pessoais” (2018).

 

A única diferença entre o aprendizado dos robôs e dos humanos está na capacidade de processamento de informações: enquanto nosso hard drive de aprendizado é limitado e de lento processamento, o das máquinas inteligentes é tão poderoso que a torna capaz de aprender toneladas de informações em pouquíssimo tempo!

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Fonte: Patrícia Peck, na palestra “A gestão dos riscos da inovação e as novas regras de proteção dos dados pessoais” (2018).

 

Essa alta capacidade de processamento de dados e informações têm feito com que a aplicação da inteligência artificial seja cada vez mais efetiva e eficaz nos dias contemporâneos. E se antes as máquinas inteligentes eram aplicadas apenas a serviços mecanizados, como produção industrial repetitiva, atualmente os robôs inteligentes avançam cada vez mais na execução de tarefas que exigem tomadas de decisão e compreensão de comportamentos, mostrando que nós humanos não somos tão insubstituíveis como imaginávamos.

Outro aspecto interessante trazido com o avanço da inteligência artificial é a possibilidade de tornar os trabalhos mais eficientes e menos suscetíveis a erros, já que os robôs não só aprendem a realizar as nossas tarefas, mas são capazes de aperfeiçoa-las e diminuir consideravelmente a possibilidade de falha.

Foi o que demonstrou a LawGeex, uma inteligência artificial criada para o setor jurídico e que venceu 20 advogados renomados e com ampla experiência de mercado em um teste de revisão de contratos. Na experiência, que durou 2 meses, um grupo 20 advogados e a LawGeex avaliaram uma série de documentos na busca de brechas em acordos de sigilo e os resultados foram impressionantes: i) a precisão média dos advogados foi de 85%, contra 94% da LawGeex; ii) em relação à precisão máxima a máquina alcançou 100%, contra 97% de um advogado humano; iii) enquanto os humanos levavam uma média de 92 minutos para avaliar cada contrato, a LawGeex fazia a revisão em apenas 26 segundos.

Esse estudo demonstra que as máquinas inteligentes podem tornar a nossa lógica de trabalho muito mais ágil e produtiva. No caso do varejo, essa inovação pode acelerar os processos, torná-los mais baratos e muito mais eficazes.

Confira algumas aplicações da inteligência artificial no varejo que já estão ao alcance de nossa realidade e algumas em desenvolvimento que prometem revolucionar o mercado em pouco tempo:

  • Atendimento ao cliente: os robôs têm sido cada vez mais utilizados no setor de atendimento aos clientes, seja para resolver alguma dúvida ou até mesmo ajudar um cliente no processo de tomada de decisão. Através de diálogos dinâmicos e inteligentes, os bots de atendimento tornam o processo bastante ágil, diminuindo consideravelmente os pedidos de contato iniciados pelos consumidores. Por óbvio os robôs enfrentam certas dificuldades na resolução de alguns pedidos, tendo em vista que a linguagem humana é bastante complexa e variada, mas a principal vantagem dessa aplicação é a diminuição dos tickets repetitivos. Desse modo, os clientes com dúvidas ou problemas mais simples e repetitivas conseguem ser atendidos de forma rápida, eliminando os pedidos em aberto e dando mais oportunidades para os atendentes humanos resolverem os problemas mais complexos de forma mais efetiva e rápida também. São alguns exemplos de empresas que fornecem este tipo de máquina inteligente: Nama, Zendesk e Olitel.

 

  • Segurança das transações: o espaço digital é um amplo espaço para aplicação de fraudes e ataques, e com a ajuda dos algoritmos inteligentes tem sido possível analisar de forma mais efetiva o comportamento dos usuários, aumentando a previsibilidade dos ataques e execução de fraudes. Desse modo, as transações virtuais tornam-se mais seguras tanto para os clientes – que fornecem dados pessoais às empresas – quanto para as empresas – que podem diminuir o risco de fraudes e incidentes de segurança. São alguns exemplos de empresas que fornecem este tipo de máquina inteligente: Intel, Kaspersky, Symantec e IBM.

 

  • Marketing digital: devido a alta capacidade de processamento de informações, os robôs inteligentes conseguem direcionar de forma mais segura as campanhas de marketing desenvolvidas pelas marcas. Isso acontece através do uso de algoritmos inteligentes associados a uma massiva base de dados pessoais dos usuários (big data), a analisar os padrões de consumo ou comportamento dos usuários, as maquinas podem ajudar os humanos a criarem campanhas mais assertivas e direcionadas a públicos específicos. Do mesmo modo, os bots inteligentes conseguem fazer sugestões de compra extremamente precisas aos clientes de determinada marca, aumentando as possibilidades de fidelização dos consumidores. São alguns exemplos de empresas que utilizam este tipo de máquina inteligente: Facebook, Instagram e Google. E exemplos de empresa que fornecem esse produto: I. Albert e Rocco.

 

  • Melhoria da conexão das lojas com os consumidores: algumas inteligências artificiais são dotadas de algoritmos de reconhecimento de imagens que podem tornar as fronteiras entre as marcas e os consumidores ainda mais relativizadas. Com a aplicação dessa tecnologia, é possível que um cliente tire foto de determinado produto e encontre informações completas sobre ele, como “onde encontrar”, “valor de mercado”, “lojas que vem tal produto” etc. Desse modo, a sua loja precisa ficar de olho nas atualizações das informações que a marca fornece a mecanismos de pesquisa, como o Google Search, por exemplo, para que o seu cliente não seja direcionado para a concorrência por uma simples questão de fornecimento de dados.

 

  • Descrição dos produtos em vitrines virtuais: todo comerciante sabe o quão custosa e lenta é a criação de uma vitrine virtual com descrição inteligente e completa dos produtos, por conta disso a aplicação de um algoritmo de inteligência artificial capaz de tornar o processo mais automatizado pode ser muito vantajoso aos comerciantes. Desse modo, os produtos poderão contar com mais informações aos usuários, diminuindo a quantidade de dúvidas dos consumidores e facilitando a tomada de decisão acerca do produto ou serviço disponível no ambiente digital. Exemplo de empresa que já utiliza este tipo de máquina inteligente e promete disponibilizar ao mercado em breve: Alibaba.

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